Por
Marilene Corrêa da S. Freitas
(Revue de l’Association Francophone Internationale de Recherche Scientifique en Éducation)
(Revue de l’Association Francophone Internationale de Recherche Scientifique en Éducation)
Em
um trabalho de grupo nos fins dos anos noventa, com a duração de oito anos, e
com a finalidade de avaliar e de produzir parâmetros acerca da pesquisa em
educação, experientes pesquisadores americanos produziram um inventário
transformado em livro de 16 capítulos intitulado Questões da pesquisa em
educação, problemas e possibilidades (1999) . Quatro partes constituem a
organização da obra e das preocupações dos pesquisadores, no domínio
disciplinar da educação, o que já evidencia a magnitude das questões
envolvidas: 1) o foco na pesquisa da História e da Sociologia da Educação; 2) o
foco nas configurações emergentes da educação e da pesquisa; 3) o foco na
pesquisa como vocação; e 4) o foco na comunicação da pesquisa educacional. A
análise desse empreendimento por pesquisadores brasileiros destaca a
importância da preocupação no interior de um país de sólida estrutura de
pesquisa como são os EUA, e a natureza coletiva e não imediatista do esforço de
investigação do que se produz, e de como se constrói esse conhecimento para
finalidade de re-equacionamento da pesquisa em educação.
A
construção do conhecimento científico conheceu uma revolução em todos os campos
disciplinares e avança sobre as disciplinas especiais. A comunidade científica,
posta tantas vezes em dúvida e desafiada à cada ruptura paradigmática, faz-se e
refaz-se em setores, segmentos, redes, campos e grupos de pesquisa. Afirma-se,
hoje, que não há barreiras intransponíveis entre as formas de conhecimento, os
saberes e a ciência. Como prática social o fazer científico expande-se; como
conhecimento histórico o fazer científico legitima-se; como desenvolvimento
lógico a cognição humana a serviço da pesquisa submete o pesquisador e seus
interesses a constantes mudanças de papel e de intervenção.
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